segunda-feira, 16 de junho de 2014

Os Maias

Os Maias, de Eça de Queirós
1.      Vida e obra:
·         José Maria Eça de Queirós;
·         Nascimento: 25 de Novembro de 1845, na Póvoa de Varzim;
·         Estou Direito na Universidade de Coimbra.

2.      Contexto ideológico e sociológico da produção:
2.1.Década de 50:
Desenvolvimento económico e estabilidade política:
·         Desenvolvimento acelerado das vias de comunicação;
·         Progresso económico relativo;
·         Estabilidade política com a Regeneração;
·         Permanência dos padrões literários e estéticos ultraromânticos.
2.2.Questão Coimbrã:
·         Génese do realismo;
·         Troca de galhardetes entre jovens de Lisboa e Coimbra.
2.3.Geração de 70:
·         Reflexão crítica sobre o estado da nação;
·         Promover a mudança e a evolução;
·         Realismo e naturalismo

3.      Categorias do texto narrativo:
a.      Espaço:      
·         Espaço físico (espaços geográficos e espaços interiores):
-Santa Olávia: origens rurais da família e natureza que origina a felicidade e a cura;
-Sintra: grande beleza em contraste com a miséria e pobreza;
-Lisboa: representa a centralidade da capital em termos de poder e influência + representação do roteiro do protagonista.
-Coimbra: juventude de Carlos + boémia estudantil + cultura e política;
-Ramalhete: espelho da família nos vários momentos da obra;
-Toca: símbolo do pecado, da clandestinidade, do sensual e do amor;
-Vila Balzac: representação do carácter de Ega.
·         Espaço social: 

·         Espaço psicológico:
- Interioridade das personagensà sonho, imaginação, memória e emoção; àA personagem expressa os estados de alma.
b.      Tempo:
·         Tempo histórico: 1820 (época da juventude de Afonso) até 1887 (regresso de Carlos a Lisboa e reencontro com Ega)
·         Tempo do discurso: analepse, isocronia e anisocromia;
·         Tempo psicológico: percepção subjectiva que as personagens têm do passado.

c.       Ação
·         Nível da História:
-Principal: o amor de Carlos da Maia e Maria Eduarda (estrutura da tragédia clássica)
-Secundária: o amor de Pedro da Maia e Maria Monforte
·         Nível da crónica de costumes: constituído por um conjunto de episódios que apresentam os comportamentos das personagens figurantes, os cenários sociais e a relação do protagonista com esses cenários. (jantar no Hotel Central, as corridas de cavalos no hipódromo de Belém, o jantar dos condes de Gouvarinho, a visita aos jornais A Corneta do Diabo e A Tarde, o sarau no Teatro da Trindade, o passeio final)
d.      Personagens:
·         Afonso:
- Bondade + compaixão;
- Retidão + integridade;
- Sobriedade e a austeridade;
-Simplicidade.
·         Pedro:
- Importância dos elementos psicofísicos, do meio social e da educação na definição do caráter e do percurso de vida.
·         Maria:
- Influência da educação e do meio;
- Sedutora, manipuladora e leviana.
·         Carlos:
- Educação completa à Destaca-se dos restantes lisboetas;
-Culto e viajado;
-Não é imune à sociedade onde se integraà fracasso dos múltiplos projectos.
·         Maria Eduarda:
-Visão naturalista: importância da educação e da ação;
-Desgraça da família Maia.
·         João da Ega:
- Debilidades culturais do país + inconsistências.
e.      Narrador:
·         Heterodiegético – não participante;
·         Focalização interna, externa e omnisciente

4.      Linguagem:
·         Construção frásica e elegante;
·         Registos correntes, familiar e calão;
·         Discurso indireto livre;
·         Diálogo;
·         Ironia;
·         Comparação;
·         Metáfora;
·         Sinestesia;
·         Hipálage;
·         Enumeração;
·         Gradação;
·         Repetição;
·         Paralelismo;
·         Estrangeirismos;
·         Diminutivos.

5.      Simbologia do romance:
·         Denúncia dos vícios e fragilidades de uma sociedade específica;

·          Importância da hereditariedade, da educação e do meio na definição e no desenvolvimento da personalidade homem é incapaz de controlar a sua existência

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